Sempre que se fala em movimentos da música
brasileira, logo de cara se fala da Bossa Nova. E não podemos descartar esse
fenômeno que surgiu no
final dos anos 50 no meio da classe média da zona sul carioca, por
nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius
de Moraes e outros, com forte influência do jazz.
Muitos
especialistas da música brasileira citam como início do movimento, o mês de agosto
de 1958, quando foi lançado no mercado o compacto simples do violonista baiano João
Gilberto (considerado o papa do movimento), contendo as canções Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Bim Bom (do próprio cantor).
Desde
seu início a bossa nova foi marcada por características próprias: acordes
dissonantes e inspirados no jazz norte-americano; letras
que abordavam temáticas leves e descompromissadas e a prática do canto-falado ou do cantar baixinho, do texto
bem pronunciado.
Em
meados da década de 1960, embasados pela defesa que o Centro Popular de
Cultura da UNE, fazia
da música brasileira, criticando a influencia norte americana na nossa música,
artistas como Marcos Valle, Dori
Caymmi, Edu
Lobo e Francis
Hime estimulados por essa visão popular e nacionalista, se
aproximam dos compositores de morro, como o sambista Zé Ketti. Um dos grandes nomes da bossa nova, Carlos
Lyra, aderiu a esta corrente, juntamente com Nara
Leão, promovendo parcerias com sambistas como Cartola e Nelson
Cavaquinho e ritmos nordestinos como João
do Vale. É quando surge o show OPINIÃO em novembro de
1964, marcando de vez a ruptura de vários grandes nomes com a bossa nova.
Isso poderia ter representado o fim do movimento bossa novista, mas o
que se viu, foi que com o passar do tempo, a aceitação da bossa nova,
principalmente no exterior, fez da mesma uma referencia mundial na música
brasileira. Com o passar do tempo, a bossa nova ainda influenciaria uma
corrente pós-punk inglesa, através da new
bossa de grupos como Style
Council, Matt Bianco e Everything But the Girl. Essa tendência se refletiu no
rock brasileiro de Lobão a Cazuza (Faz Parte do Meu Show). Até mesmo, as
pistas dançantes do eletrônico reabilitariam o groove da bossa, redescobrindo — e
repaginando — de João Donato e Marcos Valle a Joyce e Edu Lobo
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Gostaria de parabenizar o dono do blog pela excelente ideia e trabalho!!! Muito bom! VC está ajudando a outras pessoas conhecerem a fina música brasileira. Um abraço
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