segunda-feira, 10 de junho de 2013

01 - BOSSA NOVA

          Sempre que se fala em movimentos da música brasileira, logo de cara se fala da Bossa Nova. E não podemos descartar esse fenômeno que surgiu no final dos anos 50 no meio da classe média da zona sul carioca, por nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e outros, com forte influência do jazz.
          Muitos especialistas da música brasileira citam como início do movimento, o mês de agosto de 1958, quando foi lançado no mercado o compacto simples do violonista baiano João Gilberto (considerado o papa do movimento), contendo as canções Chega de Saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e Bim Bom (do próprio cantor).
          Desde seu início a bossa nova foi marcada por características próprias: acordes dissonantes e inspirados no jazz norte-americano; letras que abordavam temáticas leves e descompromissadas e a prática do canto-falado ou do cantar baixinho, do texto bem pronunciado.
          Em meados da década de 1960, embasados pela defesa que o Centro Popular de Cultura da UNE, fazia da música brasileira, criticando a influencia norte americana na nossa música, artistas como Marcos Valle, Dori Caymmi, Edu Lobo e Francis Hime  estimulados por essa visão popular e nacionalista, se aproximam dos compositores de morro, como o sambista Zé Ketti. Um dos grandes nomes da bossa nova, Carlos Lyra, aderiu a esta corrente, juntamente com Nara Leão, promovendo parcerias com sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho e ritmos nordestinos como João do Vale. É quando surge o show OPINIÃO em novembro de 1964, marcando de vez a ruptura de vários grandes nomes com a bossa nova.

          Isso poderia ter representado o fim do movimento bossa novista, mas o que se viu, foi que com o passar do tempo, a aceitação da bossa nova, principalmente no exterior, fez da mesma uma referencia mundial na música brasileira. Com o passar do tempo, a bossa nova ainda influenciaria uma corrente pós-punk inglesa, através da new bossa de grupos como Style Council, Matt Bianco e Everything But the Girl. Essa tendência se refletiu no rock brasileiro de Lobão a Cazuza (Faz Parte do Meu Show). Até mesmo, as pistas dançantes do  eletrônico  reabilitariam o groove da bossa, redescobrindo — e repaginando — de João Donato e Marcos Valle a Joyce e Edu Lobo


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Um comentário:

  1. Gostaria de parabenizar o dono do blog pela excelente ideia e trabalho!!! Muito bom! VC está ajudando a outras pessoas conhecerem a fina música brasileira. Um abraço

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