segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

19 - MÚSICA CAIPIRA


A música sertaneja como tal surgiu em 1929, quando Cornélio Pires, pesquisador, compositor, escritor e humorista, começou a gravar "causos" e fragmentos de cantos tradicionais rurais na região cultural caipira, que abrange a área do interior paulista, norte e oeste paranaenses, sul e triângulo mineiro, sudeste goiano e mato-grossense. Na época das gravações pioneiras de Cornélio Pires, o gênero era conhecido como música caipira, cujas letras evocavam a beleza bucólica e romântica da paisagem, assim como o modo de vida do homem do interior em oposição à vida do homem da cidade. Hoje tal gênero é denominado música raiz, com as letras dando ênfase no cotidiano e maneira de cantar. Entre as duplas pioneiras nas gravações em disco, destacaram-se inicialmente Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, Mandi e Sorocabinha e Mariano e Caçula. Estas primeiras duplas cantavam principalmente as chamadas modas de viola, com uma temática bastante ligada à realidade cotidiana.
De 1929 até 1944, na música caipira ou música raiz "os cantadores interpretavam modas de viola e toadas, canções estróficas que após uma introdução da viola (repique) falavam do universo sertanejo numa linguagem essencialmente épica, muitas vezes satírico-moralista e menos frequentemente amorosa”. Os duetos em vozes paralelas eram acompanhados pela viola caipira, instrumento de cordas duplas e vários sistemas de afinação.
.Após a guerra introduzem-se na música caipira novos instrumentos como a harpa, e o acordeom, novos estilos, como os duetos com intervalos variados, o estilo mariachi e novos gêneros, como a guarânia, a polca paraguaia, o corrido, a canção rancheira etc. A polca paraguaia e a guarânia caracterizam-se pela flutuação rítmica de compassos binário composto e ternário simples, em justaposição ou alternância. A canção rancheira é uma espécie de valseado, e o corrido usa a levada da polca europeia, isto é, um binário simples em andamento rápido, enfatizando os inícios de tempo do compasso e usando notas bastante rápidas na melodia. Ainda nesse período pós-guerra surgem novos ritmos como o rasqueado, introduzido no Brasil por Nhô Pai e Mário Zan principalmente, música com andamento moderado entre a polca paraguaia e a guarânia, a moda campeira e o pagode, mistura de catira e recortado, cujo principal representante foi o violeiro mineiro Tião Carreiro. A temática é mais amorosa, conservando, no entanto um caráter autobiográfico.


Trazemos nessa coletânea nomes como Tonico e Tinoco, Tibagi e Miltinho, Irmãs Castro, Pedro Bento e Zé da Estrada, Raul Torres e Florêncio entre outros.


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