segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

21 - JOVEM GUARDA

A Jovem Guarda foi um movimento cultural brasileiro, surgido em meados da década de 1960, que mesclava música, comportamento e moda. Fenômeno midiático que arrastou multidões, também designado como iê-iê-iê, em alusão direta a musica dos Beatles, a Jovem Guarda era vista com restrições por setores da crítica, uma vez que sua música era considerada alienada pelo público engajado, mais afeito, primeiro à bossa nova e, depois, às canções de protesto dos festivais. Certamente essas críticas são equivocadas tendo em vista que a Jovem Guarda também era um movimento rebelde já que os artistas cantavam e tocavam Rock, um gênero musical estrangeiro que não era muito aceito pela sociedade ufanista brasileira na época. Cantando Rock, esses artistas já estavam desafiando a sociedade e sendo rebeldes. Outro fator importante era o uso da guitarra elétrica, os artistas da Jovem Guarda utilizavam esse instrumento mesmo ele sendo mal visto pela sociedade brasileira justamente por ser um instrumento estrangeiro. Várias pessoas chegaram a fazer campanha contra a guitarra elétrica nos anos 60, ou seja, se um artista tocasse guitarra elétrica, também estava desafiando o sistema.
Amparado por gravadoras e campanhas publicitárias, rapidamente o movimento repercutiu em termos de vendagens e de popularização dos seus ídolos. Fenômeno de audiência, o programa de auditório “Jovem Guarda”,  levava ao Teatro Record centenas de jovens, atraídos pelos trio Roberto-Erasmo-Wanderléa, além de artistas  como  Ronnie Von, Eduardo Araújo, George Freedman,  Wanderley Cardoso, Sérgio Reis, Sérgio Murilo,  Arthurzinho, Ed Wilson, Jerry Adriani, Evinha, Martinha, Lafayette, Vanusa, além de bandas como Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Leno e Lílian, Deny e Dino, Trio Esperança, Os Incríveis, Os Vips e The Fevers.
 A Jovem Guarda impulsionou o lançamento de discos, roupas e diversos acessórios. Todo um comportamento jovem daquele período foi formatado a partir do programa e seus apresentadores. O modo de se vestir (calças colantes de duas cores em formato boca-de-sino, cintos e botinhas coloridas, minissaia com botas de cano alto) bem como as gírias e expressões ("broto", "carango", "legal", "coroa", "barra limpa", "lelé da cuca", "mancada", "pão", "papo firme", "maninha", "pinta", "pra frente", e a clássica "é uma brasa, mora?") viraram referência para muitos adolescentes do período.

A seleção que apresentamos nessa edição traz além de Roberto, Erasmo e Wanderléia, ídolos da época como Trio Esperança, Valdirene, Martinha, Eduardo Araújo entre outros..

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