Brega é um gênero musical brasileiro.
Todavia, sua conceituação como estética musical tem sido um tanto difícil - uma
vez que não há um ritmo musical propriamente "brega" - e alvo de
discussões por estudiosos e profissionais do meio musical. Mesmo sem ter estabelecidas
características suficientemente rígidas, o termo praticamente foi alçado à
condição de gênero. A origem do termo "brega" é desconhecida e
bastante discutida. Uma hipótese é que venha dos prostíbulos nordestinos em que esse tipo de música era usado para embalar os
romances de aluguel. Aventa-se
que o termo derive do "Nóbrega" da Rua Manuel da Nóbrega, em Salvador - rua esta que ficava numa região de meretrício da capital baiana.
Na Enciclopédia da Música Brasileira, de Marcos
Antônio Marcondes, o "brega" é caracterizado como a "música mais banal, óbvia,
direta, sentimental e rotineira possível, que não foge ao uso sem criatividade
de clichês musicais". Para
Lúcia José, o "brega" teria estruturas sonoras "organizadas e mantidas sem
oposição, provocando nos ouvintes uma pasteurização em que todos os arranjos
ganham um mesmo assobio". Há especialistas, no entanto, que divergem
da rotulagem "brega" e atacam marginalização dos artistas
"cafonas" na historiografia oficial da musical brasileira, escrita
por "uma categoria
privilegiada que assume a função e o papel dos legitimadores do gosto" que descarta músicos e tendências
musicais não condizentes "com
suas perspectivas identitárias".
O termo passou a estigmatizar artistas como Paulo
Sérgio, Altemar
Dutra, Odair
José, Reginaldo
Rossi e Waldick
Soriano dentro do amplo leque da música brasileira. Na segunda
metade dos anos setenta, uma "nova vertente cafona" surgia com
destaque. Era um estilo de roupagem "moderna”, bastante influenciada pela discotéque e o pop dançante em voga à época, e que enfatizada danças e
gestos sensuais (para alguns, no limite da vulgaridade). Este "novo
cafona" foi capitaneado por artistas como Sidney Magal e Gretchen. Além das tendências românticas, a década de 80 marcou a
ascensão de outros gêneros considerados de baixo valor artístico, como a
axé-music. Havia também artistas do brega propriamente dito, como Ovelha, Nahim
e Harmony Cats, hoje lembrados nas festas "trash"
Trazemos
nessa edição uma coletânea representativa do gênero brega como Sidney Magal,
Odair José, Fernando Mendes, Jane e Herondy, Reginaldo Rossi e outros nomes que
marcaram época.
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