domingo, 9 de março de 2014

22 -BREGA

Brega é um gênero musical brasileiro. Todavia, sua conceituação como estética musical tem sido um tanto difícil - uma vez que não há um ritmo musical propriamente "brega" - e alvo de discussões por estudiosos e profissionais do meio musical. Mesmo sem ter estabelecidas características suficientemente rígidas, o termo praticamente foi alçado à condição de gênero. A origem do termo "brega" é desconhecida e bastante discutida. Uma hipótese é que venha dos prostíbulos nordestinos em que esse tipo de música era usado para embalar os romances de aluguel. Aventa-se que o termo derive do "Nóbrega" da Rua Manuel da Nóbrega, em Salvador - rua esta que ficava numa região de meretrício da capital baiana.
Na Enciclopédia da Música Brasileira, de Marcos Antônio Marcondes, o "brega" é caracterizado como a "música mais banal, óbvia, direta, sentimental e rotineira possível, que não foge ao uso sem criatividade de clichês musicais". Para Lúcia José, o "brega" teria estruturas sonoras "organizadas e mantidas sem oposição, provocando nos ouvintes uma pasteurização em que todos os arranjos ganham um mesmo assobio". Há especialistas, no entanto, que divergem da rotulagem "brega" e atacam marginalização dos artistas "cafonas" na historiografia oficial da musical brasileira, escrita por "uma categoria privilegiada que assume a função e o papel dos legitimadores do gosto" que descarta músicos e tendências musicais não condizentes "com suas perspectivas identitárias".
 O termo passou a estigmatizar artistas como Paulo Sérgio, Altemar Dutra, Odair José, Reginaldo Rossi e Waldick Soriano dentro do amplo leque da música brasileira. Na segunda metade dos anos setenta, uma "nova vertente cafona" surgia com destaque. Era um estilo de roupagem "moderna”, bastante influenciada pela discotéque e o pop dançante em voga à época, e que enfatizada danças e gestos sensuais (para alguns, no limite da vulgaridade). Este "novo cafona" foi capitaneado por artistas como Sidney Magal e Gretchen. Além das tendências românticas, a década de 80 marcou a ascensão de outros gêneros considerados de baixo valor artístico, como a axé-music. Havia também artistas do brega propriamente dito, como Ovelha, Nahim e Harmony Cats, hoje lembrados nas festas "trash"

Trazemos nessa edição uma coletânea representativa do gênero brega como Sidney Magal, Odair José, Fernando Mendes, Jane e Herondy, Reginaldo Rossi e outros nomes que marcaram época.


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