Quase
300 composições em sete anos. Algumas delas se tornaram verdadeiras
obras-primas. Grandes sucessos na época de ouro do rádio. Noel Rosa
(1910-1937), franzino, mulherengo e boêmio, nascido na Vila Isabel pelo fórceps
que lhe marcou o queixo, era gênio. Sambista de mão cheia criou verdadeiras
poesias em suas letras - poesia amorosa ou social, alegrias ou tristezas...
Tudo virava poesia.
Reconhecido
como o grande nome do moderno samba urbano, influenciou outras tantas
personalidades ligadas ao samba. Apesar de seu pouco tempo de vida, aproveitou
como pode tudo que a vida oferecia: desde as aulas de medicina (largou no 3º
ano) aos bares e bordéis, conheceu a fama a partir do sucesso de "Com que
Roupa?", em 1930. Essa era uma canção como tantas outras que faria inspirada
em sua vida: por causa de sua saúde frágil, a mãe escondia suas roupas para que
não saísse à noite.
Muito
amigo dos malandros e figuras da noite carioca, teve inúmeros parceiros em suas
composições, especialmente Ismael Silva ("Para Me Livrar do Mal") e
Vadico ("Conversa de Botequim", "Feitio de Oração"). Também
criou inúmeros sucessos sozinho, (“Fita Amarela”, “Palpite Infeliz”, “Último
Desejo”), na calada da noite, com o indefectível cigarro pendido na boca.
A
tuberculose e a boemia foram demais para os pulmões fracos. Como os grandes mitos,
morreu com 26 anos. Mas suas canções tornaram-se imortais.
Juntamos
nessa edição grandes nomes para interpretar as músicas de Noel Rosa, como Ney
Matogrosso, Caetano Veloso, Beth Carvalho, João Nogueira entre outros.
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